A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) recentemente divulgou sua projeção atualizada sobre o crescimento da construção civil em 2023. De acordo com a organização, espera-se um crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor.
Originalmente, as expectativas para 2023 eram bastante otimistas. No entanto, devido a fatores como juros elevados, mudanças no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, e uma redução nos lançamentos imobiliários nos primeiros meses do ano, houve necessidade de revisões nas projeções iniciais.
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, mencionou que o setor, que já experimentou robustos crescimentos de 10% em 2021 e 6,9% em 2022, agora enfrenta um cenário desafiador devido às altas taxas de juros.
Apesar das revisões, as projeções para os próximos meses continuam positivas. Decisões recentes, como o aumento do orçamento para o financiamento habitacional em 2023 e as novas condições do programa “Minha Casa, Minha Vida”, refletem a visão otimista do mercado.
Um dos efeitos mais visíveis das altas taxas de juros foi a redução de 26,43% nas unidades financiadas no primeiro semestre de 2023. Esta queda impactou fortemente os valores financiados, resultando em uma queda de 10,39% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O segundo trimestre deste ano revelou um setor resiliente. Apesar dos desafios, a construção civil alcançou seu melhor nível de atividade desde 2022, e a confiança entre os empresários do setor também viu um aumento.
Enquanto a confiança do setor cresce, os custos ainda são um motivo de preocupação. Apesar da estabilidade nos preços dos materiais, o custo da construção permanece elevado, colocando pressão sobre a indústria.
No primeiro semestre de 2023, a construção civil gerou 169.531 novos empregos formais, destacando sua crucial contribuição para a economia nacional. Com exceção de alguns estados, a maioria registrou um saldo positivo em novas vagas no setor.